Prezados Párocos e representantes de Catequistas,
Nestes tempos invulgares, em que decisões difíceis têm que ser tomadas, não há uma
fórmula correta para a catequese, tal como não há duas paróquias em que as atividades
decorram de modo igual. Qualquer decisão vai encontrar apoiantes e detratores, qualquer
"treinador de bancada" faria sempre de modo diferente (obviamente muito melhor...) e as
dúvidas vão acompanhar-nos sempre e vão ser imensas.
Não é possível ao Secretariado Diocesano da Catequese dar NORMAS, mas apenas
SUGESTÕES, que o Pároco e a equipa catequética deverão avaliar e adaptar à realidade
da sua paróquia e da sua catequese.
Sabemos que já antes era muito difícil catequizar; vencer a inércia, obter apoio familiar,
cativar as crianças e jovens, motivar a/os catequistas, tudo isto sem condições condignas
físicas, formativas, económicas até, é na maioria dos casos um esforço enorme.
A pandemia veio mostrar que tudo se pode complicar ainda mais.
E temos que responder, temos que estar à altura, porque é isso que ELE espera de nós.
PORTANTO, VAMOS A ISSO!
CATEQUESE
1 - OS GRUPOS DEVEM SER PEQUENOS
O ideal é terem 4-6 crianças e ser apenas com um(a) catequista.
A atenção até é mais personalizada e as crianças têm um menor no de contactos.
É mais fácil cumprir as recomendações da Direção Geral da Saúde ( desinfeção, manusear
pouco material, separar fisicamente as crianças, etc.), que enviamos também em anexo.
A catequese pode não ser sempre nas instalações paroquiais, se não houver salas
suficientes - avaliar a disponibilidade da/o catequista ou dos próprios pais em receber as
crianças em casa, rotativamente ou não.
Ao ser um grupo pequeno também o horário pode ser combinado entre os pais e a/o
catequista de modo a rentabilizar as instalações da paróquia.
A catequese não tem que ser para todos no mesmo dia e à mesma hora...
Uma outra opção será dividir o grupo e fazer alternadamente o encontro de catequese,
isto é, cada grupo teria o seu encontro quinzenalmente, com a/os catequistas habituais, no
local e horário habitual.
Na semana em que não tivessem encontro poderiam levar uma pequena tarefa para fazer
em casa, se a/os catequistas assim o entendessem.
2 - PEDIR APOIO / RESPONSABILIZAÇÃO DOS PAIS/PADRINHOS/AVÓS
A Catequese Familiar já foi apresentada há alguns anos pelos Secretariados Nacional e
Diocesano da Catequese, e tem vindo a implementar-se devagarinho em cada vez maior
no de paróquias.
As crianças trabalham em casa com os familiares, após estes terem sido instruídos pela
equipa catequética, durante 3 semanas/sessões.
Há também um Catecismo para os Pais próprio para este tipo de catequese.
Os das crianças são os mesmos usados na catequese paroquial.
A 4a semana é na paróquia, os pais reúnem com um/a catequista e as crianças com outro,
para avaliarem a caminhada de Fé efetuada, corrigir alguns desvios e preparar as próximas
sessões em casa.
Limita os contactos a 1 reunião por mês mas depende muito da disponibilidade e
conhecimento dos pais...
Pode ser necessário incentivar os familiares a frequentar uma Catequese de Adultos, o
que exige mais meios e, por este lado, também vai aumentar os contactos...
3 - COMPLEMENTAR COM SESSÕES ON-LINE
Para grupos em que crianças e catequistas tenham conhecimentos, material e motivação,
pode ser um bom meio para evitar um no elevado de sessões presenciais. Pode ser
alternado entre sessões on-line e presenciais ou substituindo na íntegra.
A/os catequistas mais habilitados são chamados a colaborar com os menos habituados às
novas tecnologias: todos aprendem e todos lucram!
Contudo, nada substitui a reunião presencial das crianças com a/o catequista quando o
que devemostransmitir não são só conteúdos e conhecimentos mas, acima de tudo, Amor,
Emoções, Sentimentos...
O seu uso total deverá ser reservado para uma eventual situação de (novo) confinamento.
ACTIVIDADES PAROQUIAIS
As atividades de grupo estão, obviamente, suspensas.
Para as atividades eucarísticas (coro, leituras, acólitos, etc.) cabe ao pároco usar do seu
discernimento para avaliar as condições de segurança, motivação e responsabilidade das
crianças/jovens no cumprimento das regras de distanciamento, uso de máscara,
desinfeção, manuseamento das alfaias litúrgicas/livros, etc.
CELEBRAÇÕES DA 1a COMUNHÃO E PROFISSÃO DE FÉ
Ficaram suspensas desde há vários meses, e muitas crianças aguardam-nas com
ansiedade.
Não é previsível que se possam fazer nos moldes anteriores durante bastante tempo.
A sugestão seria fazer faseadamente 2 a 3 crianças na Eucaristia dominical.
Permitiria que todas as crianças tivessem a sua celebração, sem aglomerações excessivas,
podendo dar aos pais/padrinhos/avós um lugar particular nessa eucaristia, sem
comprometer a segurança.
As festas intercalares deverão, claro, ser suspensas para já (Pai Nosso, da Vida, da
Palavra, Avé-Maria, etc.).
Em relação ao CRISMA, as orientações serão as do Sr. Bispo, D. António Couto.
A equipa do SDC realça que estas sugestões são apenas isso - sugestões...
Esperamos que ajudem as comunidades paroquiais a organizarem a sua atividade
catequética, ajustando tudo o que for necessário para que a catequese funcione o melhor
possível na sua paróquia.
Estamos abertos a tudo o que entendam que pode ser útil na nossa missão comum de levar
a Palavra e o Amor de Deus aos mais novos, podendo comunicar com a equipa através
de sd.catequeselamego@gmail.com.
Está em construção um site de apoio à catequese, onde poderão ser encontradas
informações, atualizações, contactos, e tudo o mais que possa ser útil.
Com a certeza de que o trabalho nunca está feito mas que o vamos fazendo juntos,
aguardamos as vossas dúvidas, sugestões, opiniões, e tudo o mais que entendam por bem
transmitir-nos.
Muito obrigada, a equipa do SDC de Lamego
(Isilda Montenegro, Carlos Cardoso, Jéssica Neves, Carolina Montenegro e Ana Rita
Nobre)
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